quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Redação; tema: “O trabalho na construção da dignidade humana”.


O Trabalho ontem e hoje.
            Desde as antigas sociedades, o trabalho tem grande importância para construção da cultura e promoção da vida social. Atualmente também o trabalho honesto e proveitoso é valorizado. A Declaração dos Direitos Universais sustenta, dentre outros princípios, que todo indivíduo tem direito a um trabalho digno para sustento próprio e manutenção da vida em sociedade. Mas o que poderíamos considerar um trabalho e condições dignas? Será que atualmente esse princípio está sendo respeitado como deveria?
            Na época da Revolução Industrial as condições de trabalho eram desumanas. A jornada variava de dezesseis a dezoito horas diárias de atividades desgastantes nas precárias fábricas do século XIX. Além de mulheres, crianças também eram empregadas e trabalhavam nas mesmas condições que os adultos. Esse era um tempo difícil em que não havia nenhuma legislação trabalhista a favor do trabalhador.
            Os tempos mudaram e hoje temos melhores condições de trabalho que na época da Revolução Industrial. Além disso, dispomos de uma legislação trabalhista que oferece direitos e proteção ao trabalhador. O problema é que essas melhores condições e proteção trabalhista não estão a disposição de todos os trabalhadores. Há lugares no Brasil e no mundo em que, para sobreviver, pessoas se submetem a atividades exaltantes comparáveis às do século XIX. Exemplo disso são as fábricas da China e dos países da região que remuneram mal os trabalhadores e os submetem a longas e estafantes jornadas de trabalho.
            No Brasil vez por outra são descobertas fazendas com trabalhadores em regime de escravidão, os quais trabalham e só ganham o alimento básico necessário para não desfalecerem de fome. E na maioria das vezes seus empregadores são grandes e ricos latifundiários que não se envergonham de explorar o trabalho humano de forma tão repudiável.
            Para evitar situações de exploração e de tratamento desumano os governantes deveriam fiscalizar mais efetivamente as relações de trabalho. Além disso, é extremamente importante proporcionar qualificação profissional para os jovens que futuramente vão ingressar no mercado de trabalho e na cadeia produtiva. Por fim, priorizar mais o investimento no incentivo e criação de vagas efetivas de trabalho, do que na manutenção de programas de ajuda social que só oferecem uma pequena renda sem perspectivas de melhora efetiva de vida. Só assim poderemos pensar em trabalho e condições dignas para manutenção equilibrada da sociedade.

Redação: tema: "Analfabetismo: um tipo de exclusão social?"


Os desclassificados de hoje

            O mundo hoje vive a brilhante época da informação e do conhecimento. A globalização estreitou fronteiras e mesclou culturas. As tecnologias revolucionaram a vida do homem moderno, proporcionando-lhe mudanças que, inegavelmente, aperfeiçoaram o padrão de vidada sociedade. Mas há ainda um grande problema a enfrentar: a universalização desses benefícios do progresso. Há no Brasil pessoas que estão totalmente excluídas do uso dos benefícios trazidos pela modernidade, são os analfabetos.
            Nos dias de hoje, no mundo da informação, para está inserido e ter acesso ás facilidades trazidas pela modernidade, faz-se necessário o mínimo conhecimento dos códigos utilizados. Não apenas conhecer oas ‘letras’, mas também saber interpretar criticamente o que o mundo a sua volta está comunicando. Nisso está a real importância da leitura, da escrita e de um senso crítico mínimo necessário para participarmos da sociedade do século XXI. Assim, o analfabeto encontra-se excluído da vida moderna, já que não tem acesso a informações básicas necessárias para interpretar o mundo em que vivemos. Aqui ele não tem voz e nem vez. É um desclassificado.
            Atividades do cotidiano, da vida na sociedade moderna requerem que o indivíduo saiba ler e interpretar o mundo a sua volta. Uma dona de casa precisa entender o que se pede numa receita de bolo no verso de uma embalagem de produto que comprou para preparar. Aliás, ainda no mercado ele teve que utilizar a linguagem matemática na hora da compra, para conferir se o troco que recebeu foi correto. Se a pessoa não consegue interagir nessas relações básicas de convivência em sociedade, ela está excluída, segregada.
            Para resolvermos o problema da exclusão social dos que carecem de conhecimento, só há uma solução eficiente: educação de qualidade para todos. Só assim poderemos um dia alcançarmos o auge do pleno desenvolvimento social. Investimento maciço em educação básica, focando a inclusão e permanência de todos na escola. Apoiando o ingresso daqueles que não tiveram acesso na idade própria, como sugere a Lei de Diretrizes e Bases. Só assim, poderemos pensar um país rico e desenvolvido, que erradicou a perversa forma de exclusão social que é o analfabetismo.

sábado, 8 de outubro de 2011

O trabalhador Injutiçado

Papai Noel foi contratado para distribuir brinquedos na festa do Natal dos trabalhadores. Ao ver o Ministro do Trabalho, expôs-lhe a situação:
- Ministro, nossa profissão ainda não foi regulamentada. Assim, faça alguma coisa por nós.
- Como, se você e seus colegas só trabalham alguns dias por ano?
- Perdão, mas, ainda que fosse um dia apenas, é trabalho regular, e em condições desfavoráveis. Ser Papai Noel na Europa é fácil, aqui o senhor não faz ideia. Além disso, passamos o ano inteiro  à espera do Natal, com capacidade ociosa. O Ministro prometeu estudar o caso, mas acabou indeferindo a petição, com fundamento em parecer da assessoria, segundo o qual Papai Noel não existe.

(DRUMMOND, C. A. (org.). Carlos Drummond de Andrade, poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992, p. 1305.